Será que vale a pena mesmo, na luta por melhores taxas, buscar empresas “novatas” no mercado e correr riscos? Será que o mercado de pagamentos está em risco? Qual o maior risco para o varejo brasileiro nesse sistema de pagamentos que temos hoje?
O caso da InovePay não trata diretamente de uma falência do sistema, visto que o caso envolveu uma investigação de sonegação e lavagem de dinheiro, mas mostrou uma fragilidade, pouco vista no mercado, de disponibilidade de caixa, contando que envolveu pagamentos de um mês inteiro de vendas.
Isso mostra também a fragilidade da relação entre varejo e bancos quando se trata de taxas cobradas. Enquanto todas as contas das empresas são feitas em cima da margem bruta recebida, as taxas de cartão de crédito, débito e pasmem, de PIX são cobradas em cima do valor faturado. Para segmentos de bens de consumo que trabalham com margens maiores, fica mais fácil absorver esses altos custos.
Porém quando se trata de empresas que trabalham com produtos de alto giro, alto consumo como comodities, acaba sendo um estorvo essas taxas cobradas quando a referência de 3% a 7%, que parece baixa, tornam 20%, 30% e as vezes 40% da margem bruta recebida pelo comerciante. Trata-se de uma sociedade informal injusta que brutaliza a relação em prol dos fornecedores de crédito.
As promessas de quedas nas taxas com o OpenBank não aconteceram, pelo menos não para os comerciantes. O que deixa claro que ainda se cobra muito caro por serviços de transações financeiras no país, principalmente quando se cobra taxas altíssimas para débito e PIX. Veja que em países com sistema mais fechado que o Brasil, como a China, a transferência de dinheiro pode ser feita de CPF para CPF e de CPF para CNPJ.
A verdade é que muito se faz em prol do mercado financeiro e se esquecem da parte que produz a riqueza no país. Olhar com cuidado nessa balança desequilibrada é fundamental para que se melhore a competitividade do comercio brasileiro. Esse problema também acontece em países como EUA, porém, em decisão inédita a justiça americana deu ganho de causa para o comercio obrigando as duas principais bandeiras, Visa e Mastercard a devolverem mais de 5 bilhões de dólares em cobranças abusivas.
A NACS – National Association Convenience Store teve papel fundamental nessa luta do varejo americano por sempre estar em alerta defendendo os interesses, principalmente dos comerciantes de produtos de alto giro como alimentos, gasolina e demais. Fica a lição para o mercado brasileiro se unir mais nessas pautas e buscar um diálogo, seja com o poder público, seja com os agentes econômicos ou até com a justiça em busca de uma mediação mais equilibrada. Se nos EUA é necessário envolvimento do congresso nessa mediação, imagine no Brasil.
Lembrando que margens melhores para as empresas impulsionam investimentos e um crescimento sadio sem ter dependência de crédito apenas. O mercado produtor e revendedor tem total interesse em vender mais e para isso precisa de preços competitivos e que rentabilizem o negócio. Esse debate precisa ser levado a diante, precisa ser levado a sério! Cabe ao varejo, aos revendedores e interessados entrar nesse embate e equilibrar a relação com o sistema financeiro.
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