O CONSUMIDOR NÃO É DETETIVE PARA IDENTIFICAR SE UM PRODUTO É ADULTERADO OU SE UMA BOMBA DE GASOLINA ESTÁ FRAUDADA. A LÓGICA DIZ QUE SE UM POSTO VENDE PRODUTO IRREGULAR A TENDÊNCIA É VENDER MAIS BARATO PARA VENDER RAPIDAMENTE!

Existe um debate forte sobre postos que enganam a população depois da denuncia do governador Tarcísio, que você pode ler mais aqui no Blog do Errejota. Mas a pergunta essencial é como o consumidor pode se precaver sem precisar se tornar um detetive particular e evitar esses golpes?
Não existe fórmula mágica ou passo a passo para identificar um posto de combustível que vende produto fora de especificação, roubado ou que engana os clientes quanto a quantidade vendida. Mas um ponto é convergente e aparece na maioria dos postos que são pegos nessa situação que é: O PREÇO BAIXO DE VENDA!

Entende-se que quando um posto adquire produto roubado ou adulterado, parece ser lógico que ele precisa se livrar rapidamente desse combustível para poder excluir qualquer prova do ato e para isso nada melhor que baixar o preço para atrair mais consumidores ao seu estabelecimento e assim vender, aquela carga ou lote, em menos tempo. Na maioria das vezes, esse posto esta vendendo bem mais barato e ganhando muito mais que seus concorrentes. E os revendedores que não cometem essas fraudes, não enganam seus clientes, as vezes são chamados de “ladrão” por vender mais caro. São alvo até de investigação do poder público por “abuso no preço”, enquanto quem realmente frauda e engana o consumidor, não sofre retaliação.
É triste, mas parece que para o poder público, vender mais barato é mais relevante que vender corretamente.

Quando um posto de combustível engana a população, tenta através do preço, tirar qualquer atenção sobre a possibilidade de produtos adulterados, bombas mal ajustadas ou até mesmo carga roubada. O preço mais baixo acaba tornando-o “amigo” do consumidor e apoiador do governo em manter os preços dos combustíveis mais baixos, como forma de ajudar a manter a inflação controlada. Será que esse é o real motivo pelo qual os entes fiscalizadores não pegam pesados com esses postos?
Recentemente, uma nota do Lauro Jardim no jornal O Globo, alertou para o uso de balões de festa como sinal de que o posto era dominado pelo PCC (primeiro comando da capital) para evitar fiscalizações e roubos de comparsas. Essa informação foi pouco debatida pelo poder público que nada fez ou nada se interessou em avaliar, mas o indicativo de preço muito mais abaixo que a média local é o maior indício de que algo pode estar errado.

Cabe ao consumidor a maior responsabilidade, visto que o poder público não está interessado em combater esse tipo de mercado, fechando os olhos para postos dominados pelo crime organizado. Você precisa estar atento, sempre verificar o rendimento do combustível, tentar manter uma frequência no posto de sua confiança e sempre que precisar, pedir as verificações legais de análise de combustível e aferimento das bombas, uma verificação de quanto você está comprando e quanto está entrando no seu carro. Esperar pelo poder público pode ser fatal para o motor do seu veículo e para o seu bolso.

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