RECENTEMENTE A NOTÍCIA MAIS COMENTADA FOI DA AÇÃO QUE PRETENDE SER MOVIDA PELAS REFINARIAS PRIVADAS CONTRA A PETROBRAS POR CAUSA DO CONTROLE DE PREÇOS E MERCADO DESIGUAL. MAS SE AS REFINARIAS NÃO CONCORREM ENTRE SÍ, PORQUE TEM QUE SEGUIR A PPI?
“As refinarias de petróleo privadas estudam ir à Justiça contra a Petrobras por não reajustar os preços da gasolina e do diesel. De acordo com o presidente da Refina Brasil, associação que reúne as refinarias privadas do País, Evaristo Pinheiro, como detém 80% de participação no mercado de combustíveis, a estatal está inviabilizando a sobrevivência dos concorrentes ao represar os preços.
“Desde o dia 10 de junho, a nossa querida Petrobras decidiu se descolar dos preços internacionais”, ironiza Pinheiro. De lá para cá, a cotação do petróleo tipo Brent aumentou e o dólar disparou em relação ao real, elevando o custo das importações. “Daqui a pouco, não terá mais sentido produzir combustível no Brasil”, diz Pinheiro, destacando que é incoerente o governo querer conter o déficit fiscal e ao mesmo tempo renunciar aos ganhos que teria com o reajuste de preços nas refinarias da Petrobrás.” (ESTADÃO)
Quem acompanha o canal do Errejota, sabe que boa parte do petróleo extraído aqui é exportado para importar o mais leve. Fruto das refinarias antigas. O que realmente implica em prejuízo, porque para refinar e fabricar gasolina e diesel, a maioria das refinarias vendidas tem que importar a preços internacionais e não podem descolar muito da Petrobras sob risco de pressão. Isso acontece apenas com as refinarias que tem polos Petrobras próximos e se prejudicam com a concorrência, como por exemplo a Refinaria Clara Camarão no RN.
A verdade é que o modelo é prejudicial a uns e favorece a outros como a Acelen na Bahia que tem contrato de compra de petróleo bruto a Petrobras. Imagine que ela está comprando a preço segurados, enquanto das demais compram preços internacionais, e vende na PPI que nunca deixou de atuar, alterando preços semanalmente. A ação terá frutos se for comprovado que a situação de ajustes de preços de acordo com a PPI era pauta apresentada no processo de venda das refinarias, caso contrário, fica difícil vencer uma queda de braço que o próprio governo empenhou muito para segurar preços de venda.