Foi demanda mundial. Vimos diversos CEO’s de montadores e diversas empresas correlatas tomando decisões de eletrificação de frotas e de carregamento. O caso da Raizen estar precisando de caixa e estar pondo a venda ativos que não impactam diretamente na estratégia a curto e médio prazo da companhia mostra que o mercado foi superestimado.
O grande farol das decisões tomadas de forma errada se acenderam no inicio de 2024 quando a Shell company encerrou duas atividades de fornecimento e operação de postos a hidrogênio da California, um dos estados americanos mais evoluídos na questão de mobilidade elétrica. Ao fechar sua operação por dificuldades logísticas, a companhia demonstrou que a demanda esperada ou prevista pelas estratégias adotadas anteriormente forma superestimadas. Sem volume, sem condições.
Aqui no Brasil essa ré dada pela Raizen em vender ativos que fornecem energia elétrica para a proposta de eletrificação de postos, venda de eletricidade comercial não atendeu as expectativas a curto e médio prazo da empresa que, agora precisando de caixa, está se desfazendo de ativos que não trazem receita imediata. Segundo a Valor Econômico:
“A venda desses ativos de renováveis – que fazem parte da divisão Raízen Power, não considerados estratégicos ao grupo – pode dar fôlego à companhia, que tem buscado reduzir seu endividamento. Nesse pacote, estão usinas de pequeno porte nas fontes solar, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e biogás.
Fonte a par do assunto afirmou ao Valor que a Raízen nunca teve a intenção de ficar com esses ativos — o objetivo é focar no serviço a clientes e na captação de novos consumidores. A ideia é contratar energia renovável através do portfólio de parceiros que operam as usinas para ofertar aos clientes. Neste ano, a companhia vendeu um pacote de 40 unidades de geração solar para a Brasol, investida de um fundo da BlackRock e da Siemens, que levou 40 usinas de geração solar distribuída. A operação envolveu projetos já operacionais localizados em São Paulo, somando um portfólio com capacidade total estimada de 157 MW, conforme noticiou o Pipeline, site de negócios do Valor.”
Além de já ter vendido mais unidades anteriormente, a gigante do mercado mostra que o mercado elétrico foi planejado de forma bastante otimista não acontecendo a demanda conforme o esperado fazendo com que os investimentos tivessem maior tempo de Payback. Com mercado de energia solar residencial crescendo, o ponto de falha nessa questão seria a demanda por eletro postos devido ao aumento das vendas de veículos elétricos que não cresceu como esperado.
Importante ressaltar que a possibilidade do carro elétrico naufragar é muito pequena, visto que ele atende um nicho específico, com demandas e condições de bancar sua estrutura. Porém o alerta que é deixado neste artigo é da necessidade de se tomar cuidado com as alavancagens de empresas que apostam muitas fichas num determinado mercado de forma direcionada e sem um amplo estudo por trás.
Isso não é só mérito da Raizen não, temos Volvo, Ford, Volkswagen e tantas outras que chegaram a marcar a data da virada para a eletrificação das suas frotas, e todas voltaram atrás. Precisamos enxergar mais do que as manchetes e noticias simplificadas. Prever melhor as demandas mundiais qualificadas em mais de uma posição. Muito cuidado com as empresas que dizem saber de tudo que vai acontecer e prometem o caminho mais iluminado. O mercado é traiçoeiro e não perdoa.
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