MAIS BARATO, ECOLOGICAMENTE RENOVÁVEL E TRÁS UMA CULTURA DE INTERIORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO O QUE DESINCHA AS CIDADES. PROMOVE REVOLUÇÕES NO CAMPO PERMITIMDO SUA UTILIZAÇÃO EM VÁRIOS PRODUTOS PROPORCIONANDO UM SUBSTITUTO FORTE AO PETRÓLEO.
Em toda discussão ou debate sobre o meio ambiente se escondem os interesses dos países pela autossuficiência energética. Isso significa liderança no comercio e indústria mundial. Apesar de não ser comum esse debate no Brasil, os governos são muito lenientes quanto a isso, é importante dizer que numa transição energética não é só mudar o tipo de combustível ou energia. Tem toda uma alteração no processo logístico que inclui transporte e armazenagem desse novo modelo energético que deve ser considerado na conta total, sob risco de se investir pesadamente em algo que parece a melhor solução, mas não o é.
Toda transição gera custos enormes e impactos ainda maiores quando se trata do tamanho de cada país. É muito fácil falar de transição na Europa em que os países têm tamanhos de estados brasileiros, é fácil e mais barato. Além do mais o modelo de governança desses países permite essa mudança de forma planejada e mais rápida. Esse talvez seja o maior desafio do Brasil.
O grande trunfo brasileiro é que já temos o modelo de captação de energia com ampla frente renovável em comparação a maioria dos países do mundo e não temos a necessidade de investimentos tão altos e mudança tão brusca em nossa cadeia de fornecimento, além disso temos o etanol. Esse combustível pode substituir a gasolina tranquilamente desde que os investimentos sejam feitos, e esses serão muito menores e em menor tempo que qualquer mudança energética que vier a ser proposta.
Pouquíssimos países no mundo têm essa possibilidade energética proporcionada pelo etanol, que permite ter uma real possibilidade de substituição da gasolina e até do diesel de forma a aproveitar toda a cadeia de fornecimento sem precisar de nenhum investimento no processo de transporte e armazenamento, o que derrubam os custos demasiadamente. Sua produção pode gerar mais empregos interiorizando renda e transformando o país, dando mais qualidade de vida nas cidades do interior e proporcionando um alívio nas cidades.
O etanol tem muitas possibilidades de gerar valor e riqueza, mas para isso é preciso que todos entendam esse potencial. O governo entenda que o petróleo é finito, que os empresários apostem no modelo e tudo isso passa pela popularização desse ouro branco que o Brasil tem. A revenda de combustíveis tem papel fundamental nisso.
Mais de 70% do processo de decisão de compra do consumidor se dá no ponto de venda. Principalmente quando se fala de produtos de consumo secundário, aqueles em que o consumidor não enxerga valor, esse número pode até subir. Isso demonstra um poder de persuasão gigante dos postos revendedores em influenciar o consumo de seus clientes.
Se a revenda comprar a ideia e repassar de forma sistemática, o etanol terá grandes chances de se tornar um referencial ecológico mais barato que o carro elétrico. Isso não se faz do dia para noite, mas já estamos falando de carros elétricos há 10 anos e a revenda precisa se mover para garantir seu espaço na mente e no coração dos consumidores.