Numa época em que se discute tanto a abusividade das escalas de trabalho, é importante entender como se molda uma cultura do consumidor e como tentar resolver questões de competitividade das empresas aliadas a diminuição da disposição da mão de obra.
Na América do Norte, os postos de gasolina podem funcionar com self-service. O que isso quer dizer? Não é proibido ter frentista, quem quiser trabalhar com equipe na pista pode. Por que dificilmente se encontra um posto com frentista? Por que a mão de obra é cara e diminui a competitividade. O revendedor, que geralmente tem o combustível como um dos seus produtos dentro de um mix amplo e diversificado, usa mão de obra nos produtos que dão margem melhor, como a loja de conveniência.
Nos EUA o mercado realmente é livre. Mas isso não acontece só nos postos de gasolina. A liberdade do varejista de ter ou não atendimento autônomo melhora a margem e a competitividade das empresas. Apesar da mão de obra ser mais barata no Brasil, os governos com seus altos impostos acabam tornando essa mão de obra até mais cara que a americana, impossibilitando aumento de volume, crescimento exponencial do mercado e a entrada num ciclo virtuoso econômico de melhora mercadológica.
Permitir o autoatendimento é questão de livre comércio. Não se trata de regra ou lei, mas de opção. Esta que os varejistas norte-americanos têm a seu dispor e o brasileiro não. O mercado americano é altamente livre e isso se estende a diversos setores como o serviço de mudança. “Faça você mesmo a sua mudança”, slogan de uma empresa americana muito conhecida. Você pode alugar uma van, um mini caminhão com reboque para colocar o seu carro, entre outras diversas opções por exemplo numa empresa chamada U-hual.
Isso demonstra que a possibilidade do “faça você mesmo”, não está restrita ao varejo, mas está fincado na cultura da competitividade americana. Quer mais barato? Faça você mesmo.
Temos a tecnologia, temos a expertise, temos a necessidade de nos tornamos mais competitivos, mas não temos as possibilidades da mesa. O governo é quem dita se seremos competitivos ou não, mesmo que depois se jogue a culpa dos preços altos nas costas do empresário. E por muitas vezes essa defesa ultrapassada tem a bandeira de defender os empregos, uma bandeira excelente e populista aos olhos do cidadão. Por que então, num país como os EUA, com tanta liberdade de autonomia, tanta tecnologia disponível, existe tanta necessidade de mão de obra?
Essa reflexão é importante para entendermos que toda mudança traz momentos de instabilidade, diferenças e até problemas transitórios, mas em médio e longo prazo, a melhor competitividade do varejo traz preços baixos, altos volumes, mais empregos, num ciclo virtuoso que se retroalimenta criando uma curva ascendente de crescimento.
Trecho do livro – Vivendo o Varejo Americano: Uma viagem no coração do consumo Ed. Offset. 2024
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