Esta é uma questão que sempre respondo nos jornais e matérias sobre o tema. A dinâmica de preços de combustíveis não é tão simples quanto o fato de abastecer num posto de combustíveis.
A situação dos preços de combustíveis no Brasil hoje está atrelada a 2 modelos de precificação um é adotado pela Petróleo Brasil S/A, empresa estatal que detêm de 60% a 70% do mercado e o adotado pelo mercado Internacional que atende a demanda suprimida pela ausência da Petrobras.
Como a regulação de preços é proibida pelas leis brasileiras as distribuidoras são livres para posicionar seus preços imagens de acordo com um valor que cubra suas despesas e garanta um retorno de investimento. Toda vez que se importa produtos com alta de petróleo e dólar, isso significa um aumento no custo o que deve ser diluído ao comparar os estoques de compras internacionais com o que a empresa compra da Petrobras aqui no Brasil.
Sem acesso a essa dinâmica os postos revendedores não podem qualificar ou quantificar as diferenças de preços em relação aos produtos que são importados e vende e os que são produzidos pela Petrobras. Restando assim a opção de reposicionar seus preços a cada reajuste feito pelos fornecedores.
Na prática, o que está ocorrendo, é a manutenção dos preços de paridade Internacional regendo a precificação do varejo de venda de combustíveis. Toda vez que a Petrobras represa reajustes baseado numa política própria, sem qualquer transparência ao mercado, ela acaba favorecendo uma pequena camada de empresas que reajustam seus preços de forma arbitrária, sem qualquer controle ou teto.
A cultura de mercado brasileira se especializou em culpar os postos de combustíveis por essas altas, evidente que movidos por uma falta de conhecimento da cadeia de fornecimento de produtos, e um entendimento dessa dinâmica de precificação que acaba por fim prejudicando a competitividade do mercado.
É importante que o consumidor saiba que a margem bruta que compete aos postos de combustíveis dificilmente ultrapassa a casa dos 15%, demonstrando que a alta dos preços não está relacionada à margem do varejista e sim de outros aspectos como elevação de impostos, alta do dólar, alta do petróleo e aumento de margem média dos agentes da cadeia.
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