Bomba branca, forma como foi denominada a possibilidade de se ter a venda de produtos de outras distribuidoras mesmo ostentando a marca de determinada empresa, foi instituída no intuito de ajudar a melhorar a competitividade e baixar os preços ao consumidor. Por que essa decisão foi errada e também porque é errada a sua destituição?
Infelizmente temos a prática econômica de mudar as relações de consumo de acordo com o humor do momento. isso demonstra um quadro de instabilidade gigantesco que impede um crescimento saudável do mercado assim como seu amadurecimento. O caso do estabelecimento poder vender produto de distribuidora A mesmo ostentando a marca de distribuidora A, sempre foi polêmico em sua essência devido ao fato de que as regras estabelecidas deixavam brechas para possibilidades de se criar uma confusão dentro da cabeça do consumidor.
A marca é extremamente relevante no processo de decisão de consumo de todos os indivíduos e por isso devemos nos preocupar em que as regras estabelecidas pelo fornecedor dos produtos e suas marcas estejam dentro do padrão que fez com que o consumidor decidisse a escolha por determinada empresa. Esse processo de confiança é extremamente delicado e precisa ser amparado por um regulamento que impeça a quebra desse ciclo de confiança.
A ideia da “Bomba Branca” chegou num momento em que as distribuidoras estavam vendendo produtos para seus contratados, os chamados postos bandeirados, com diferenças absurdas. Gerando uma instabilidade no mercado, veja esse exemplo:
Você consegue imaginar uma loja do McDonalds vendendo cachorro quente sem marca, apenas para poder competir com os concorrentes que vendem lanches mais baratos? Não! Isso é enganar o consumidor! Agora você consegue imaginar o franqueador das lojas do McDonalds vender os molhos, os produtos e demais segredos da franquia para lanchonetes chamadas “bandeira branca” mais barato que ela vende para seus franqueados? Difícil imaginar ou aceitar né?
É exatamente assim que acontece com os postos revendedores de combustíveis. Além de concorrer com postos que não dão a mínima para imagem, atendimento e qualidade, ainda veem seus fornecedores, vendendo o mesmo produto, muito mais barato para seus concorrentes diretos, derrubando suas margens e competitividade. Esse é o maior emblema relacionado com a dita “Bomba Branca”. O revendedor não quer enganar o consumidor, ele quer ter preços competitivos e seus “parceiros” não ajudam quando vendem o mesmo produto, em mesmas condições que muitas fezes superam 50% de sua margem bruta. Consegue imaginar uma coisa dessas?
O concorrente, que não ostenta marca de uma distribuidora, consegue vender o mesmo produto que um bandeirado, comprado no mesmo lugar, muitas vezes 10% mais barato que o posto contratado e ainda ganhando mais ou a mesma coisa. Essa ordem econômica não fecha a conta. Não se trata de impedir as distribuidoras de venderem combustível, longe disso. O mercado é livre e é assim que deve ser. Mas essa diferença gigante de preço tira o posto contratado da jogada e fica a ver navios enquanto aqueles que não ostentam sua marca crescem em vendas, volume e margem.
Afinal, qual seria a solução? Assim como a maioria dos problemas do Brasil, não existe solução fácil ou pílula mágica. A concorrência deve ser acirrada em todos os pontos da cadeia de fornecimento, não só na última ponta. Um mercado que tem – 1 refinador que detém 70% do mercado, com 3 grandes distribuidoras que detém 70% do mercado e 43 mil postos que brigam todos os dias para vender mais barato é uma conta que não fecha nunca.
Se afinal chegou o fim da bomba branca, que não esqueçamos de tornar o mercado mais competitivo, e começando por tirar o maior e menos produtivo sócio da cadeia que é o estado que fica com mais de 50% do valor final vendido ao consumidor, assunto tão debatido no governo anterior e amplamente esquecido no atual.
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