O mundo está em constante mudança e hoje pode-se afirmar que o bem mais precioso é o tempo. O consumidor busca, dentro de seu limite de tempo diário, atender diversas expectativas como se isso fosse parte de sua missão.
Apesar das tecnologias terem aproximado pessoas, a chamada “real life” tem recebido muitas barreiras para atrapalhar o dia a dia dos indivíduos, como o crescente número de pessoas trabalhando nas capitais, a falta de espaço para novas moradias o que empurra as famílias para periferias, subúrbios ou até cidades vizinhas. E assim você tem uma das primeiras barreiras enfrentadas pelo consumidor: Deslocamento.
Trânsitos cada vez mais caóticos, economia baseadas na logística de modal rodoviário impulsionam cada vez mais para esse inchaço desproporcional. A enorme falha nos transportes públicos e a especulação imobiliária influenciaram diretamente nesta variante que impacta no processo de consumo dos cidadãos. O tempo perdido em deslocamento tem que ser absorvido de outras tarefas ou momentos o que influencia diretamente o cliente.
Isso difere o comportamento de consumo de clientes do Brasil para o resto do mundo? Claro que sim. Fatores importantes que determinam a localização podem acabar ou levantar qualquer negócio. Talvez um terreno no subúrbio que você constrói um galpão possa ser muito bom para o trabalho de armazenagem logístico, mas para um ponto de um café gourmet não seja tão bom.
Mobilidade tem tudo a ver com consumo, tempo do consumidor. Pode-se afirmar que os avanços logísticos de entregas de produtos avançaram mais que os transportes de pessoas. A segurança, comodidade, bem-estar e facilidade fizeram com que o comércio eletrônico saltasse estrondosamente e, durante a pandemia, alcançasse altos números.
Esses aspectos transformam o consumo à medida que as empresas precisam mudar seu foco do produto para o serviço. Não é mais vender uma cerveja, o bar tem que proporcionar uma cerveja bem gelada, petiscos apetitosos e mais que isso, uma estrutura de bem-estar igual ou melhor que a sua casa, isso inclui estacionamento, serviço de entretenimento para crianças, lugar agradabilíssimo entre outros.
O bar é apenas um exemplo da mudança de comportamento de consumo em que o indivíduo entende, mesmo que inconscientemente, que a jornada completa deve ser prazerosa. A ida para o estabelecimento, estacionamento, chegada, mesa, atendimento, clima do lugar, tudo tem que estar em harmonia e gerando prazer, até sentar-se na mesa e tomar o primeiro gole.
Trecho do livro – O consumidor tem pressa: Corra com ele ou corra atrás dele Ed. Literando. 2023
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